Olá Galera,
hoje venho falar de um assunto um tanto quanto “polêmico” e que tem feito com que eu pense mais sobre mercado, cliente, nicho de atuação e investimentos.
O que mais se vê hoje em dia são fotógrafos reclamando de preço, inclusive vi um comentário falando que 80% dos clientes querem preço baixo…
Eu discordo completamente desta teoria e afirmo que hoje, felizmente, existe um percentual maior que 20% que procura QUALIDADE e PAGA BEM por ela…
Mas Allan, eu cobro X e fecho poucos casamentos, o quê fazer?
– Entenda seu cliente e ofereça o que ele busca, converse com ele e monte um plano personalizado.
– Ter um valor muito abaixo do mercado fará com que seu cliente desconfie da qualidade e honestidade da sua empresa.
– Ter um valor muito acima do mercado fará você fotografar poucos casamentos, mas com mais qualidade, mas você só poderá fazer isto quando for referência de mercado.
Mas Allan, você envia o orçamento por e-mail para o cliente?
– Sim, eu envio, pois meu orçamento é um pouco diferente dos orçamentos dos meus colegas, logo o cliente já tem a idéia de quanto eu cobro e se ele estiver disposto a investir este valor entrará em contato comigo, caso contrário buscará um outro fotógrafo (assim eu poupo o tempo dele).
– Mas, e existe sempre um mas não é mesmo? Enviando o orçamento antes eu perco a chance de conhecer o cliente, encanta-lo e persuadi-lo com meus álbuns e minha confiança em meu trabalho. Minha dica: você que responde poucos orçamento por mês, visite todos os clientes e converse com eles, pois as chances de fechar contrato aumentarão significativamente.
Mas Allan, na minha cidade tem gente vendendo o CD com as fotos por 200,00 reais, o quê fazer?
– Em todos mercados existem as empresas que cobram muito abaixo e trabalham no limite entre a falência e a sobrevivência, mas existem, também, as empresas que ganham muito bem com seus trabalhos e elas coexistem atendendo um nicho diferente de mercado.
Ou seja, a empresa que cobra muito pouco não afeta a que cobra um valor mais condizente com seus investimentos.
Resumidamente: você atende quem você está disposto a atender e a quem seu trabalho possa valer tal investimento.
Estou iniciando a me aventurar pelo mundo fotográfico, fiz apenas alguns eventos esportivos durante o dia e algumas festinhas infantis. As festinhas que fiz foram de parentes e amigos, por isso nesse inicio optei por não cobrar do que cobrar um preço simbólico e depois ficar “conhecido” como fotografo que cobra baratinho. Espero me aperfeiçoar mais, estudar bastante e só depois começar a cobrar pelo serviço. Será que estou errado no meu pensamento?
Creio eu que está certo. Errei nisso, no começo fiz muitos ensaios baratos para divulgar meu nome e de acordo com o que fui aumentando meu preço, que estava realmente muito abaixo do ideal para meu trabalho, vi muitos clientes preferindo um fotógrafo mais barato. Porém eu vi também que os trabalhos que faço agora são muito mais valorizados. O que eu faço para conseguir divulgar mais o meu trabalho sem gastar tanto é marketing digital, principalmente no facebook. Tento movimentar a minha página ao máximo, estudo sobre isso para alcançar mais pessoas, separo de tempos em tempos uma data para fazer promocionais de ensaios, normalmente envolvendo concursos, o que atrai muitas pessoas para a página. E tem funcionado. Faço um ensaio gratuito que no fim acaba me rendendo uma interação com clientes e futuros clientes muito maior do que se tivesse cobrando mais barato. Hehe Quis comentar minha experiencia pois tem funcionado muito para mim, pode funcionar para você também.
Só é um pouco complicado para quem está começando, porque quando estamos em busca de preço pra saber quanto estão cobrando os outros fotógrafos não temos muito a resposta.
A maioria dos fotógrafos “consagrados”, que já estão no mercado, seus valores iniciam-se em aproximadamente 4k-8k. Os fotografos que estão se “consagrando”, cobram de 1,5k-3,5k. Mas tudo isso depende do seu trabalho e o que você entrega de produto para o cliente, por exemplo. Esses fotografos acima, geralmente, cobram APENAS a cobertura do evento+festa depois soma-se ou não os albuns e cds com os arquivos das fotos. Nisso não estão inclusos trash, préwedding, dia da noiva, etc… Vai uma dica pra tentar fechar contratos, segue a lógica: um “pré consagrado” fecha contratos de “consagrados” por oferecer mais serviços. Já o que está iniciando, pode oferecer mais serviços pra fechar contratos de “pré-consagrados”.
Discordo um pouco dos números, os consagrados cobram de 8mil a infinito! 🙂
Mas de geral concordo.
Abraços,
Allan
Vindo de um cara como você, obrigado pelo elogio. Dá segurança naquilo que estamos fazendo. Em menos de 1 ano fechamos 2 casamentos a serem realizados. Valores na casa dos R$ 2.500. Seguindo essa lógica, cobrar o mesmo valor de um fotógrafo “pré-consagrado” que cobra esse valor para cobrir evento+festa, já que somos iniciantes oferecemos mais serviços. Esperamos nos “pré-consagrar” ano que vem e começar a cobrar valores de consagrados oferecendo mais serviços.
Allan, você acha errado alguém começar cobrando mais barato por ensaios em CD, com poucas fotos? Como você sugere que alguém entre no mercado, por exemplo, sem definir ao certo o que mais gosta de fazer na fotografia, começa a fotografar um pouco de cada coisa para ver o que mais gosta e se especializar. Nesse momento de descobertas, ele não pode cobrar um valor mais simbólico? As vezes eu me confundo em relação ao que quero me especializar e acabo querendo estudar tudo de uma vez, sei que a cada dia estou alcançando mais os meus objetivos mas ainda não consegui definir uma área específica como newborns e família, ensaios, eventos. Sabe? E acontece como você disse, trabalhando para pagar as contas. Comecei errando com relação ao meu preço, cobrava muito barato, praticamente não pagava o tempo e dedicação em cada trabalho, então queria algumas dicas. Desde já, muito obrigada!