Como você FOTÓGRAFO vai sobreviver a essa crise sem precedentes?! Primeiro SE CUIDE!

Olá amigos,

no meu vídeo acabei esquecendo de falar muitas coisas que gostaria, então estou adicionando aqui no blog.

Ví hoje um post e não tem o criador, mas foi compartilhado pelo meu amigo Romeu Busellato Santos:

“Dentro de 3 semanas é melhor nos sentirmos ridículos por ter exagerado, que nos sentirmos estúpidos por não ter agido.”

Primeiro: não saia que nem doido para os mercados (pq muita gente que não pode fazer estoque está comprando diariamente suas refeições)…

Os trabalhadores “diários” são o que serão mais afetados, infelizmente vivemos em um mundo que muita gente trabalha de manhã para o almoço e à tarde para a janta, como eles irão ficar?

Não saia de casa (MUITO IMPORTANTE) o vírus se alastra rapidamente e podemos ter um efeito parecido ou pior que na Itália.

Comece a planejar melhor o seu ano.

Faça um plano estratégico de marketing, tenha em mente que você precisa de mais táticas de vendas.

Não tenha medo de vender nesse momento, mas não utilize o vírus para vender. Tenha em mente que muitas pessoas ainda poderão comprar os seus serviços, mas muito mais pessoas não poderão comprar… e não force quem não irá poder.

Precisamos vender? Sim, mas com ética. Eu sempre DETESTEI vendas agressivas e creio que isso é mais pela ética que qualquer outra coisa.

Viva um degrau abaixo do que você pode viver para poder ter uma reserva de emergência maior.

Estude muito sobre “Educação Financeira” e aplique na sua vida, somente assim você vai poder mudar de vida.

Ajude da forma que você puder ajudar, mas se cuide e não se exponha.

Vai passar, se cuide que vai passar!

Você pode ser o que você quiser – Não mate o seus sonhos e nem o sonho dos outros!

Viramos uma sociedade julgadora, onde julgamos tudo o que não entendemos como se fossemos PERITOS no assunto.

Estava eu, agora pouco, olhando o meu canal do youtube e apareceu uma publicação do canal “ME POUPE” da Nath (a diva das finanças e dos juros compostos), nessa publicação ela mostrava um cartaz onde uma pessoa devia 800mil reais e pagou tudo com 40mil reais…e pasmem: ainda faturou no ano seguinte 1 milhão. Muita gente torceu o nariz e falou abobrinhas…

Bom, eu como já fui um DEVEDOR de milhões tenho “certa propriedade” para falar sobre.

Em 2008 eu acumulei uma dívida de quase 200mil reais (quase, pq aí já entrava os juros abusivos sobre juros abusivos) e que pouco tempo depois (em um lapso de 1 ano) pagando partes dela chegou aos 1.310.000,98 (UM MILHÃO TREZENTOS E 10 MIL COM 98 CENTAVOS). Pena que já queimei as cartas e já paguei a dívida (essa não é pena não, ainda bem que me livrei dessa provação).

Mas vamos lá, eles estavam me cobrando MUITO MAIS do que eu devia e eu negociei da melhor forma que podia (à vista daria algo em torno de 78 mil – não lembro os valores exatos, mas era mais ou menos isso). Paguei por 6 anos e alguma coisa (80x) quase 3 mil mensais, juntando com a empresa, funcionários e tudo mais… eu tinha que desembolsar um carro popular todos os meses… no final paguei BEM MENOS do que eles pediam e sim ISSO É POSSÍVEL.

Eu fiquei 5 anos da minha vida dormindo 4 horas, eu quase virei um zumbi…

Era trabalho, trabalho, trabalho… para poder pagar tudo…

mas continuando…

Quando não conhecemos algo devemos, antes de tudo, aprender sobre aquilo antes de sair por aí falando “verdades” que são “papo furado”. Se você não sabe/não entende é melhor buscar (antes de tudo) entender o assunto. Eu faço isso: não sei? Fico frio. Sei e isso pode ofender alguém? Fico frio. Sei e isso pode ajudar alguém? Aí eu falo! Essa deveria ser a regra de toda internet… mas bem…

Depois que paguei as dívidas eu decidi relaxar, trabalhar menos, me estressar menos e com isso vieram julgamentos de pessoas que nem me conhecem: olha lá tem pouco casamento, olha lá faz poucos ensaios, olha lá não tem mais estúdio, olha lá ele não dá mais aula presencial, olha lá ele vai ser aposentar dos casamento, olha lá heim…

Gente, quando foi que vocês pararam de viver e começaram a julgar todos por suas decisões?

Sim é possível pagar um dívida com um valor menor negociando, sim é possível você diminuir o trabalho se você quiser, sim é possível você mudar de emprego ou trabalho se quiser, VOCÊ PODE SER O QUE VOCÊ QUISER.

A única coisa que devemos saber é que toda escolha há uma renúncia e toda renúncia vem de uma escolha.

Eu escolhi ser feliz, eu escolhi não ter boleto de carro, eu escolhi não ter boleto de casa, eu escolhi não ter boleto de aluguel, eu escolhi que eu tenho que viver a minha vida para mim e para a minha família… e essa escolha não tem dinheiro que pague.

Todos temos esse “poder” de escolha, basta nos planejarmos e entendermos que a vida é um sopro, ela passa muito rápido para nos importarmos com coisas desnecessárias ou coisas que não nos trazem satisfação.

Não me entenda mal, não estou dizendo para desistir dos seus sonhos, se seu sonho é ter coisas… siga o seu sonho… o meu não é. E Está tudo bem, todos possuímos sonhos e realizações diferentes.

Muitas vezes vivemos a nossa vida para impressionar os outros e isso nos torna vazios e sem propósito. Se existe um propósito na vida… creio eu que seja: SER FELIZ e propiciar felicidade para quem conseguimos propiciar.

Sobre finanças: se possível não deva, se dever renegocie. Se possível guarde dinheiro, se não for possível tente economizar para guardar. Se possível faça mais de um tipo de previdência. Se possível tenha reserva de emergência (essa eu digo que é muito importante e digo mais: TENHA). Se possível não gaste mais que 50% do seu salário. Se possível…

Meu conselho: viva da forma que você acredita ser a melhor para você, escolha a profissão que você acredita ser melhor para você.

Mude quando quiser mudar, mude de cidade, de emprego, de estilo de vida, viva para você e para sua família.

 

O que as outras pessoas pensam ou falam a seu respeito diz mais sobre elas do que sobre você.

Um forte abraço galera, nos “vemos” no próximo texto.

O Poder da Empatia

“Seja gentil, porque todo mundo enfrenta uma batalha difícil!”
— Extraordinário

Ontem vi o filme, de 2017, intitulado “EXTRAORDINÁRIO” e nesse filme pude rever conceitos que aprendi, ainda muito novo, sobre: fotografia, sobre a vida e sobre o mundo.

Quero, neste post, compartilhar um pouco de técnica fotográfica e de empatia.

Vivemos em um mundo vasto, com mais de 7 bilhões de pessoas, com as mais diversas doenças, com as mais diversas calamidades e com desigualdades gritantes, mas sempre somos esperançosos de um futuro melhor… O FUTURO MELHOR PASSA POR SERMOS MELHORES.

“Coragem. Bondade. Amizade. Caráter. Essas são as qualidades que nos definem como seres humanos.”
— Extraordinário

E nossa melhora passa por entendermos melhor os conceitos que nos rodeiam, vamos começar com os conceitos de composição (que são importantes para a nossa fotografia).

Logo no início do filme… bem… vou começar pelo final.

Acho que essa frase deve ser um MANTRA para todos nós: humanos!

Uma pena a legenda da Amazon Prime estar bugada…
“Seja gentil, porque todo mundo enfrenta uma batalha difícil!”
— Extraordinário

Na foto acima o protagonista (Auggie) está sendo filmado por trás (over the shoulder) enquanto todos a volta aplaudem ele… vejam que eles estão em um nível inferior, não para inferioriza-los, mas para mostrar que naquele momento o palco é todo do Auggie… e ele vem junto com um plano geral para mostrar todos que estavam lá (mostrando o tamanho do público e a grandiosidade do feito). Se você ainda não viu o filme não entende o tamanho das dificuldades que ele passou, mas quero elucidar nas próximas linhas e imagens…

Vamos lá, agora, ao início… como quase todo início de filme temos algo fora do comum… a primeira cena é de uma criança fantasiada de astronauta (talvez para mostrar o maior desejo de Auggie, talvez para nos deixar mais curiosos sobre o que vem por ai).

Esse é o famoso plano close (busto pra cima pegando parte do peito, e mostrando por totalidade a cabeça, no caso o capacete). Ele é quase um plano médio, mas falaremos mais adiante sobre.

Na cena à seguir temos um plano geral, que é utilizado para ambientar, nesse plano já não existe mais a roupa, somente uma criança com um capacete, mostrando que aquele era mesmo um desejo de Auggie.

Esse é o Plano Geral, utilizado para mostrar o ambiente e deixando o protagonista em segundo plano, calma, o protagonista não fica apagado na cena, ele é parte crucial, mas nesse momento a câmera deseja mostrar aonde ele está e como ele está. Nesse caso uma criança feliz pulando na sua cama, com seu quarto bem arrumado e com brinquedos, mostrando que aquele não é um momento ruim, mas um momento bom…

Na cena à seguir Auggie está contando mais sobre sua história, veja como a direção utiliza bem as linhas, o ponto de fuga e a luz e sombra para direcionar o olhar para Auggie e sua bicicleta.

Mais um plano geral, perceba as linhas próximas a Auggie e a diferença de luz e ele na sombra. No take a seguir fica mais claro a utilização de luz e sombra.
Continuamos no plano geral, mas dessa vez um pouco mais fechado.

Então mudamos para a casa, ele brincando com seu pai e entramos em mais um conceito de composição: Over The Shoulder… em português: Sobre o Ombro… Esse tipo de ângulo é utilizado para mostrar que existe interação entre dois personagens.

Além do Over The Shoulder, temos o conceito de Contra-Plongée que é um ângulo mais baixo para mostrar a diferença e deixar o personagem “maior do que realmente é”, nesse caso está mostrando a visão de Auggie perante seu pai.

E logo em seguida um take do cachorrinho, em Plongée (angulo levemente superior que mostra a fragilidade do personagem – calma não darei spoillers sobre o filme, apenas vou comentar do ponto de vista técnico, fotográfico e humano).

O cão está em uma posição de vulnerabilidade.

Depois dessa parte Auggie continua contando a história dele e fala sobre suas cirurgias, nesse momento se faz um plano super close/detalhe (eles meio que se fundem nos conceitos, mas basicamente um é mais fechado que o outro) no seu mural de “pulseiras das cirurgias” que nos faz pensar que são poucas, mas que vai abrindo até se tornar um plano geral onde mostra todas as cirurgias que ele passou.

Plano detalhe ou plano super close (eles são próximos, então você decide hehe)
Plano Geral – mostrando todas as cirurgias que ele passou.

Esse artifício é utilizado para “ancorar” nossa mente em um número e depois chocar com outro MUITO MAIOR, trazendo o sentimento de empatia pelo protagonista (lembrando que até o momento o filme foi todo focado nisso: contar a história, a jornada de Auggie e fazer com que tenhamos empatia por ele). Sim tudo isso é pensando em um filme.

Ta Allan e o que eu posso levar disso para minha fotografia?

  • Olha, não pegou nada ainda? Leia com calma, pq tem muita coisa que você pode utilizar na sua fotogarfia.

Seguimos…

Over The Shoulder com Moldura – para mostrar que Auggie é um expectador daquela conversa (Over the…) e que seus pais não estão vendo que ele está vendo e ouvindo a conversa (Moldura).
Sempre que você for utilizar moldura não faça com o protagonista olhando para a câmera, a ideia de moldura é para dar a sensação de “terceiro elemento” que não está participando da cena.

Nós não conseguimos ver o seu rosto (plano reto ou normal), mas pelo tom da conversa dos pais e o plano na altura de Auggie nós temos a sensação que aquilo não é bom, que realmente ele não gostou e que se sente mal.

Plano Normal ou Reto (na altura dos olhos), mostrar exatamente o ponto de vista do personagem, não deixando ele fragilizado ou superiorizado, mostrando que a câmera está mostrando que “entendeu” o que ele está passando.

Depois dessa parte… vemos pela primeira vez o rosto de Auggie e uma feição triste. Nesse caso é utilizado um plano close, para mostrar os detalhes do rosto dele e o motivo da fala dos pais e da tristeza dele.

Plano close mostra bem as marcas do rosto, o sentimento. Nesse caso o plano close está quase em Perfil, mas está em um ângulo de 3/4 (ta anotando? não precisa, só visitar o post quando quiser hehe).

“A questão é que todos temos que lidar com os dias ruins.”

— Extraordinário

Plano Geral e ângulo Plongée-Absoluto ou Zenital (esse segundo mais utilizado em arquitetura). Esse ângulo totalmente superior dá uma visão pouco comum da cena, transformando algo “ordinário” em “extraordinário”.
Close + plongée-absoluto. Para mostrar o sentimento de Auggie e mostrar que ele é uma criança comum… com seu ursinho para dormir.

“A grandeza não está em ser forte, mas no uso correto da força. Grande é aquele cuja força conquista mais corações pela atração do próprio coração.”

— Extraordinário

Em seguida migramos para uma câmera aérea com plano geral.

Plano geral para mostrar AONDE ocorre… qual cidade. O plano geral é utilizado sempre que queremos contar mais sobre algo, mostrando o local.

Depois migramos para ele indo conhecer a escola e o diretor da escola. Note a fragilidade dele reforçada com o ângulo plongée.

Plongée com over the shoulder… mostrando a interação dos 3 e a fragilidade de Auggie perante aquele momento.
Contra-Plongée mostrando a visão de Auggie, no qual o direto parece uma figura gigante e “assustadora” para ele naquele momento.
Mais um plongée, desta vez com um plano close para mostrar as feições de Auggie, convergindo assim para aquele momento de “tensão e fragilidade” para ele.
Aqui um plano detalhe que mostra um pouco de como o diretor leva na boa as brincadeiras que fazem com seu nome. Isso é um recorte que mostra um detalhe que passaria despercebido.

“Quem eu gostaria de ser? Essa é a pergunta que devemos nos fazer sempre.”

— Extraordinário

PLano médio, utilizado para mostrar a interação entre os personagens e uma parte do local. Note que a frente de Auggie está o boneco e o “mini cartaz” que apareceu antes em plano detalhe. Aqui eles não possuem nenhum papel importante e quase não aparecem. O plano detalhe fez com que eles tivessem evidência, pelo menos por um instante do filme, assim como podemos fazer com os cílios da noiva, brincos, sapatos, etc…
Plano close (quase médio) mostrando a reação de Auggie quando chegam crianças que irão apresentar para ele a escola.
Moldura, para evidenciar que é a visão de Auggie, nenhuma dos atores está olhando para a câmera, justamente para dar aquela sensação de “terceiro elemento” que vê a cena de fora da cena.
Na imagem ele está novamente fragilizado com o ângulo plongée. Vejam a reação dele para a mãe.
Tomada de diálogo em A e angulo perfil, utilizado para mostrar diálogo entre duas ou mais pessoas. Funciona muito bem para fotografar casais. Além disso temos um plano close nos dois atores para mostrar a expressão de ambos.
Auggie em plongée indo sozinho para a escola enquanto a câmera está em over the shoulder nos pais para mostrar a visão deles de preocupação com o filho. Que é enfatizada na imagem à seguir, com um close das reações dos pais.
Close para mostrar a reação dos pais.
Over… em contra-plongée para mostrar a diferença entre as crianças e o professor que está em um nível de superioridade, neste caso o conhecimento.
Over… plano geral para mostrar a sala com os alunos em ângulo plongée, para mostrar que ali eles são “frágeis” e “sabem menos” que o professor. Por isso são os alunos.

Quando Auggie está na escola sua mãe se encontra em um primeiro momento “perdida” e “sozinha”, por isso o plano geral e a luz e sombra, para dar um ar mais dramático aquele momento.

Plano geral, luz e sombra…

Auggie também se sente sozinho e não somente isso: ISOLADO! O plano geral mostrando as crianças em pares ou em mesas com mais crianças demonstram bem esse panorama de Auggie. E podemos levar para a vida, também… as vezes estamos rodeados, mas sozinhos. Não se sinta assim, saiba que eu estou aqui e tem muita gente que está aqui ou ali para você poder conversar.

“Se precisar de ajuda, pode pedir a mim. Você não está sozinho.”

— Extraordinário

Plano geral em plongée (fragilidade de Auggie) que veremos mais vezes com o seu isolamento, conforme a imagem à seguir.

O plongée-absoluto da uma dimensão ainda maior do isolamento de Auggie, vejam as cadeiras vazias em volta dele. Em uma imagem plongé ou reta seria muito difícil visualizar isso.

Após um dia complicado e triste… ele volta para a casa (não vou contar detalhes), mas ele vai para seu quarto e lá temos um ambiente com mais luz e sombra para nos deixar mais sentimentais (dar uma sensação de drama) que culmina com o abraço de sua mãe em um over the shoulder e plano close – mostrando o semblante de tristeza da mãe).

Luz e sombra… close…
Moldura, já sabe né? Tem alguém olhando a cena “de fora da cena”. É a sua irmã que em muitos momentos se sente deslocada e “esquecida” pela família.

“Quando você poder escolher entre estar certo ou ser gentil, escolha ser gentil.”

Extraordinário

Depois da moldura corta para a cena da irmã olhando a cena de fora da cena.

Contra-plongée com a mãe em segundo plano (ela é a adulta enquanto os 3 são “crianças”), além disso temos uma sequência dos três fazendo a mesma coisa, sequência funcionam muito bem em qualquer foto ou cena.
Plano geral, para? Mostrar o ambiente… isso mesmo! hehe Motivo? na cena de close você não consegue saber aonde é e a cena ficaria solta. É o mesmo que você ir em algum lugar fotografar e só usar uma 85mm (por exemplo). Você precisa usar os planos e ângulos para enriquecer a história que conta.

Depois disso vamos passar para a parte alegre, onde Auggie consegue cativar novos amigos. Vejam que ao contrário da cena que mostrei antes, agora a luz está bem plana e com bastante luz e cor. Para dar a sensação de alegria, leveza e harmonia. Além disso todos estão sorrindo.

Mais um momento dramático, neste caso, mais uma vez se usa o artifício da luz (tem menos luz que na cena anterior) e mais, agora estão utilizando tons mais frios e “dessaturados” para trazer tensão ao momento.

Agora, podemos ver que o filme voltou as tons quentes, motivo? Estamos chegando em mais um momento “bom” do filme.

Plano close, ângulo levemente contra-plongé, sequência, luz de recorte…

Em alguns momento eu posso ter sido meio relapso ou ter falado pouco sobre os planos, ângulos, etc… peço desculpas.

Minha ideia, com o post, é tentar ajudar o iniciante a entender um pouco melhor os conceitos de composição em fotografia e ao mesmo tempo dar umas palavras de conforto.

Espero que tenha sido útil para você.

Forte abraço.

Lente Sigma Vale a Pena? Será?

Será que vale a pena comprar lentes Sigma?

A resposta é: SIM!
Mas veja o vídeo e também (abaixo do vídeo) as imagens feitas com as lentes Sigma 35 1.4 e 50 1.4 ambas linha ART.

35mm 1.4 Sigma ART

50mm 1.4 Sigma Art

Dicas de Fotografia – Como fazer o Sol Estrelado?

Olá,
no post de hoje venho falar sobre uma técnica simples e que pode ser aplicada em qualquer tipo de fotos.

Para conseguir estrelar o sol você vai precisar de:
– Uma lente grande angular (24mm já funciona, apesar de eu preferir 16 ou 17mm);
– Sol (dã é claro né, mas sol sem nuvens… com nuvens não ficará o mesmo efeito);
– Uma câmera (dã hehe);
– Um flash (opcional).

Vamos as configurações:
– ISO 100 ou o menor possível;
– Primeiro de tudo feche totalmente (não totalmente, você entendeu vai…hehe) o diafragma da sua lente, f 18, 20, 22… funciona com f10 em algumas lentes, mas quanto mais fechado melhor.
– Deixe o fotômetro em -1 (mas fotometre na região onde não aparece o sol na imagem, mas que seja perto do sol).

Você terá este resultado (no rodapé do arquivo há o exif completo):

Veja que na foto acima o casal ficou em silhueta, pois não há nenhuma fonte de luz iluminando eles pelo lado que a câmera está captando.
Para o casal ficar iluminado devemos colocar o flash ou fotografar perto de algo que reflita o sol (pode ser um rebatedor ou pode ser uma parede, nos casos abaixo as pedras refletiam luz no casal).

Agora vamos utilizar o flash!
Quando estou fotografando com flash contra o sol SEMPRE utilizo em modo manual e SEMPRE 1/1 (potência máxima).
Motivo? TTL normalmente se perde quando estamos com uma luz intensa interferindo (o sol), sei que podemos usar o préflash, compensar pra mais, etc, etc… mas prefiro usar manual (você pode usar como preferir hehe).
Tome cuidado para não passar de velocidade 1/160 (cuide para não usar o HSS ou AUTO FP, pois perderá potência do flash e quando estamos clicando contra o sol precisaremos de toda potência).

Na foto acima utilizei dois flashs (um Metz CT-45 e um Metz CL-4) ambos em carga máxima (manual 1/1).
Já na foto abaixo utilizei apenas um flash (580EX II) em manual 1/1.

Você pode utilizar o flash em 45graus, pode fazer uma luz mais lateral (90graus), luz borboleta, 45 superior, frontal… enfim, você escolhe o estilo que você prefere.

Deixe nos comentários o que você achou do post e pode sugerir algum tema par ao próximo.

Bom, agora é praticar!
Quero ver você criando, testando e fazendo fotos com esta dica.
Utilize a #AprenderFotografiaBlog para que eu poder ver suas fotos aplicando esta e outras dicas.

Grande abraço,
Allan

Como negociar melhores contratos na fotografia?

Olá, hoje venho falar de um tema que muitos fotógrafos “se escabelam”: como negociar com clientes!

Por algum tempo eu não sabia o que falar e como falar, mas na minha opinião um dos maiores segredos da negociação é saber ouvir.
Saber negociar é um elemento chave na hora de fechar bons contratos que irão gerar prosperidade para sua carreira e satisfação por ser bem remunerado para fazer o seu trabalho.

Separei 6 itens que considero essenciais para uma boa negociação, vamos a eles:

1- Tenha em mente o seu valor e coloque um preço nisso!
Como assim Allan? Em muitas negociações podemos cair na armadilha do desconto, sempre que o cliente torce o nariz recorremos ao velho e “bom” desconto (bom para o cliente).
Saiba suas margens de negociação (valor máximo e mínimo pelo serviço – falando em fotografia normalmente é difícil saber o máximo, pois o espaço é o limite hehe), tenha em mente que dar um desconto de 100,00 reais não parece prejudicial no primeiro momento, mas depois que você repete este ato 10 vezes já se forem 1000,00 (MIL REAIS – MILLLLLLL REAAAAAIIISSSS).
Como diria meus amigos cariocas: Caraca Maluco!
Exatamente, depois de 10 negociais parecidas você perdeu 1.000,00 reais, mas Allan o que eu faço? Parcele o valor e receba o valor total, mas em parcelas.
Claro, para isso você precisa estar com a saúde financeira bem (em dia), mas se você não começar a fazer hoje nunca fará!

2- Crie um clima legal e positivo!
Quando o cliente chega ao meu estúdio, normalmente, eu espero ele com bombons, champagne, água, limpo e organizo o estúdio para ele sentir-se bem.
Coloco uma música agradável (mas bem baixinha), coloco um cheirinho no sofá, converso, ouço ele, entendo os motivos e mostro que me importo (não basta se importar, o cliente precisa perceber isso).

3- Ouça e entenda o cliente!
Preste atenção no que o cliente está dizendo, entenda os motivos dele, entenda o que ele mais quer e mais precisa e durante o tempo que ele fala vá pensando em formas de argumentar com ele.
Digamos que o cliente queira seu maior plano, mas ele quer diminuir o valor… ofereça um plano menor com opção de upgrade quando ele estiver mais tranquilo (financeiramente falando).

4- Cuide seus gestos e sua postura!
Já ouviram aquela famosa frase “o corpo fala”, tenha cuidado ao gesticular, cuidado com o tom de voz, com a forma que você se porta.
Em uma negociação é muito importante saber fazer o “poker face” hehehe, pois o seu cliente está fazendo a sua leitura e se ele perceber que você está nervoso ele certamente vai querer negociar mais com você para conseguir um desconto maior.
Muito cuidado para não parecer tenso ou desesperado com a venda, aproveitando eu gosto muito de usar a tática do desapego (mas muito cuidado, pois ela é perigosa).

5- Ouça mais do que fale!
Falar, falar e falar pode parecer domínio do assunto, como pode parecer pura chatice hehe. Normalmente eu ouço mais do que falo para entender o cliente, saber seus desejos, suas expectativas, sabendo isso já vou dando dicas, ajudando em pontos (mesmo ainda não sendo contratado eu me coloco na posição de contratado, assim o cliente já vai se acostumando com a ideia de me contratar e no final tudo flui mais fácil).
É importante falar?
Claro, mas ouvir é muito mais! Pois quando você ouve, tem a oportunidade de criar argumentos para facilitar a venda.

6- Coloque-se na posição do cliente!
Muito se fala em entender o cliente e se colocar na posição dele é essencial para fechar um contrato melhor.
É possível negociar? Claro, mas mantendo um limite de negociação e fazendo termos bons para ambos.

Vou contar uma breve história que aconteceu comigo em 2009:
em 2009 um dos meus planos custava 2900,00 reais (se atualizarmos para hoje seria algo em torno de 4600,00 reais – nada mal para um fotógrafo com um pouco mais de 2 anos de carreira não é?), mas bem, chegou um cliente ao meu estúdio e queria fechar este plano por 1900,00 reais (ele alegava que um dos meus colegas (ele disse concorrente, mas prefiro o termo colega) cobrava este preço e que eu deveria cobrar o mesmo).
Ele chegou a levar o dinheiro, em notas de 50,00 e colocou em cima da minha mesa com as seguintes palavras “pegue é seu, vamos fechar o Álbum 25×30, meus dados estão aqui – ele segurava sua carteira de identidade).

Olhei pra o cliente, conversamos um pouco (em nenhum momento toquei no dinheiro ou fiquei olhando fixamente – apesar da vontade de pegar e colocar no bolso haha), perguntei se ele estava com o valor à vista ou iria dar uma entrada e o mesmo disse que tinha 1900,00 e era “pegar ou largar”.
Eu larguei, expliquei que não cubro preço dos colegas e que entenderia perfeitamente caso ele optasse por contratar meu colega.

Ele foi embora e ligou mais tarde perguntando se eu havia pensado com carinho no caso dele, expliquei que não era possível.
O mesmo insistiu mais e mais vezes nas ligações até que foi com sua noiva para ver meu trabalho.
Fiz a reunião como de costume, conversamos e mostrei os álbuns… aí que ela vira para ele e afirma: não gostei!

Neste momento eu nem pensei duas vezes: levantei, fui em direção à porta e agradeci a visita.
Eles ficaram me olhando e eu expliquei: não posso fotografar o casamento de vocês se a noiva não gostou das minhas fotos, seria muito estranho, melhor vocês contratarem o fotógrafo que ela gostou.

Passada algumas horas me liga a noiva, eu atencioso disse que não havia problema algum em ela não gostar do meu trabalho, que ela não precisava se desculpar, afinal ela foi sincera e o melhor neste momento de decisão é ser o mais sincero e honesto para não optar por algo que de fato não goste.
Aí veio o inesperado, ela afirmou que gosta do meu trabalho e que gostou do álbum… aí eu buguei (COMO ASSIM?), ela perguntou se poderia ir no estúdio e eu disse: ok.

Para resumir: o noivo negociava equipamentos para academias e sempre que ele queria um desconto ele apontava as falhas do equipamento para conseguir um desconto e os mesmos combinaram de fazer o mesmo comigo, só não esperavam que eu não iria ceder.

Moral da história: tenha cartas na manga, saiba negociar, saiba dizer não quando necessário e tenha em mente que o cliente pode saber negociar e pode ter cartas na manga. hehe

E o final Allan?
No final fechamos o contrato e no dia do casamento havia inclusive mesa para toda minha equipe no salão e ainda meio que próximo do casal.
Claro que antes de fechar conversamos bastante, expliquei que aquela era uma situação inusitada, que não me sentia confortável e que talvez poderia afetar as fotos, eles me afirmaram que gostaram das fotos e que gostariam que eu fosse o fotógrafo daquele momento…

Cortei algumas partes para não ficar muito longo, espero que tenham aprendido algo de valor e que tenham gostado do post.
Comente com alguma história inusitada de negociação que você já passou e compartilhe este post com que você acredita que vai gostar ou que precisa.

Abraços e até a próxima! 🙂

3 Dicas para Ter mais Clientes em 2018!

Olá,

vamos direto ao ponto!
Existem “N” formas de se conquistar mais clientes, mas no post de hoje separei as 3 principais e que mais me ajudaram a ter mais e melhores clientes.

1- Parcerias,
Você pode “costurar” parcerias com diversos profissionais ligados ao meio que você deseja se inserir, pode inclusive fazer parceria com outros fotógrafos (eles indicarão você quando já estiverem com a agenda lotada para aquela data e vice-versa), cerimonialistas, casas de eventos, decoração, cabelo, maquiagem, etc, etc… ofereça fotos dos clientes que eles indicarem, se ofereça para fotografar o ambiente deles, as decorações, os cabelos, as makes… pense em algo que seja bom para eles e para você (pense que parceria é uma via de mão dupla, os dois tem que sair ganhando).
Qual a razão de ser o número 1? Imagine que alguém corta o cabelo com a mesma pessoa há 10 anos e quando ela pensa em fazer fotos ela recebe uma indicação dessa pessoa que ela confia, você será o primeiro da lista dela… assim como é com as cerimonialistas.

2- Clientes satisfeitos,
Existe uma máxima que diz “Cliente satisfeito fala bem para duas, três pessoas, mas um cliente insatisfeito fala para 30, 40 pessoas…”, faça tudo que está no contrato e entregue o algo a mais, atenda bem seu cliente, dê um porta retrato, uma carta de agradecimento, bombom, invente uma forma de entregar o algo a mais para seu cliente e foque muito no atendimento, o atendimento deve ser impecável.

3- Bom trabalho,
Claro que devemos fazer um bom trabalho, mas isso é subjetivo e depende do cliente que está nos contratando, as vezes um bom trabalho é uma foto do casal sorrindo, é uma luz plana, é uma composição diferente, mas ao meu ver um bom trabalho é o que deixa o cliente satisfeito (atendimento, entregar tudo que foi contratado, entregar o algo a mais, cumprir e até reduzir os prazos, criar uma experiência positiva para o cliente).

Para conseguir a primeira casa de festas a me indicar eu rodei por muitas e muitas casas de festas, foram mais de 58 nãos, mas eu consegui 2 sim e esses mudaram minha vida. Você já tem o não, vá atrás do SIM! 🙂

Espero que tenha ajudado.

Gostou? Comenta, compartilha!
Quer saber algo a mais? Pergunte nos comentários.

Abraços

4 Dicas para Melhorar suas Fotos


No post de hoje quero falar sobre 4 dicas para melhorar suas fotos.

Vamos lá então:
Dica 01 – Utilize Ângulos diferentes!
Pense por alguns segundos antes de clicar, pois as vezes a diferença entre uma foto boa e uma sensacional só depende de você levantar um pouco mais a câmera, abaixar um pouco mais ou ir para um dos lados.
Pense nos ângulos de câmera, como: Normal, Plongée, Contra Plongée, Plongée Absoluto e Contra Ponglée Absoluto, não sabe o que são?
Clique Aqui.

Dica 02 – Utilize molduras!
Mas Allan o que é isso? Simples, coloque algo na frente da lente que ajude a direcionar o olhar até o nosso objeto, você pode utilizar pessoas, árvores, janelas, prédios, o que quiser, tente e terá imagens diferentes. Quando tiver fotografando pessoas faça com que eles não olhem para dentro da lente, pois moldura dá uma sensação de paparazi, de algo não posado, não pedido.

Dica 03 – Pense Diferente!
Você já deve ter ido naqueles locais de cartão postal e sua foto ou ficou igual a de todo mundo ou ficou pior, não é mesmo? Eu sei, já fiz muito disso hehe, mas depois de treinar meu olhar comecei a tentar pensar diferente, parando um tempo maior no local e observando.
Inclusive no caso da foto abaixo eu fui para o outro lado (no caso outra cidade) para conseguir a foto desejada.
Treine seu olhar vendo muitas fotos e aprendendo sobre composição.

Dica 04 – Pense na Luz!
Uma linda composição com uma luz ruim não ajuda, a luz é parte principal da fotografia e devemos sempre pensar antes de efetuar o clique. Quando estiver fotografando pessoas e estiver sem o flash e ainda assim quiser ter um céu azul, coloque o casal (as pessoas) de frente para o sol.

Caso queira somente silhueta coloque contra o sol (fotometre no céu e deixe em -1 ou 2)!

Quando estiver em um ambiente interno procure janelas, coloque seu objeto (pessoa ou o que estiver fotografando) de lado pra janela, de frente, teste, veja como se comporta a luz.

Quando estiver fotografando ensaios pense na hora dourada, se não sabe qual é a hora na sua região basta baixar um app que lhe indicará o horário (normalmente é entre uma hora antes do por do sol e o por / entre uma hora depois do nascer e o nascer do sol, mas vai depender da região).

Espero que tenha gostado.
Ficou com alguma dúvida? Quer saber mais sobre?
Quer saber sobre outros assuntos?

Comente abaixo.

Abraços,
Allan

5 ângulos de câmera e a razão de usa-los!

Nós temos os planos de câmera e temos também os ângulos de câmera (explicarei os planos em outro post).

Nesse post eu quero te explicar sobre alguns desses ângulos e seus devidos nomes, acompanhe.

Basicamente temos 5 principais ângulos em relação à altura da câmera:

NORMAL ou RETO: Este á o ângulo que colocamos a câmera na altura dos olhos, o que gera uma “igualdade” entre o fotografado e a pessoa que vê a foto.

PLONGÉE: Este é o ângulo que que utilizamos para deixar o objeto de interesse um pouco menor, um ângulo tirado um pouco de cima. Normalmente esse plano remete a fragilidade. Veja esse exemplo:

CONTRA PRONGLÉE: utilizamos esse ângulo quando queremos deixar nosso objeto de interesse maior, nos inclinando para tirar uma foto um pouco mais de baixo. Veja esse exemplo:

A foto acima está levemente torta (plano holandês, mas não está causando tensão… tive que levemente entortar porque fiquei sem espaço para ir mais para trás) ficou boiando? Veja o post sobre planos)

Plongee Absoluto: É o ângulo em que a foto é tirada completamente de cima do ponto de interesse, uma foto que representa bem esse ângulo que achei é essa:

Contra Plongee Absoluto: este ângulo é o oposto do plonge absoluto, onde a câmera fica em uma linha reta de baixo do ponto de interesse. Para te ilustrar, um exemplo bem prático:

Espero que consiga absorver esse conhecimento que passei através desse post, estude e pratique os ângulos que passei por aqui, em breve voltarei a falar sobre ângulos (sim tem mais hehe).

Espero que tenha gostado.
Ficou com alguma dúvida? Quer saber mais sobre?
Quer saber sobre outros assuntos?

Comente abaixo.

Abraços,
Allan